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15.04.24

O Que São as Extrações de Canábis?

As extrações de canábis jé se faz há séculos mas mudou muito, muito… Descubre a sua breve história neste artigo.

As extrações de canábis pode parecer ser um fenómeno relativamente recente. Para muitos, pode estar associado ao movimento hippie e outros movimentos contraculturais dos anos 60. A verdade é que este não é o caso: há informações que documentam a extracção e consumo de marijuana há mais de 1000 anos, embora no Ocidente tenha sido popularizada naqueles verões lisérgicos de amor. Há já algum tempo, especialmente desde que muitos estados americanos legalizaram a canábis, a tendência que está a chamar a atenção de muitos amantes da marijuana são as extrações de canábis.

extracto canabis bho

O Que São as Extrações de Canábis?

Os concentrados de canábis, que também se conhecem por extrações de canábis, são significativamente mais potentes do que as flores de canábis. As suas aplicações medicinais provaram ser eficazes para pacientes que sofrem de todo o tipo de doenças. Quando se fazem correctamente, um concentrado de canábis é uma potenciação da variedade de canábis que foi extraída, o que significa que o cheiro, sabor e efeitos são ampliados simplesmente porque estamos a obter a resina pura cheia de canabinóides, sem quaisquer aditivos, tais como matéria vegetal.

A extração de concentrados de canábis é um processo complexo e potencialmente perigoso e só deve ser realizada por profissionais treinados. Esta página enumera e descreve os métodos de extracção mais utilizados e fala sobre as vantagens de cada deles.

extracto canabis Kief

Kifi (Kief)

O Kief é o concentrado mais simples, provavelmente já ouviste falar dele, e soar-te-á também familiar por estar relacionado com Marrocos. O Kief é constituído pelos tricomas, que são as estruturas cristalinas que revestem a superfície exterior das cabeças, onde se encontram os canabinóides, separados do material vegetal seco.

Normalmente esta extracção é feita através de uma rede de filtragem especial e de muito trabalho manual, é uma extracção a seco. O Kief é geralmente considerado um extracto de qualidade inferior, uma vez que a rede permite a passagem de muita matéria vegetal e a canábis utilizada é de baixa qualidade. Contudo, alguns especialistas podem conseguir um produto extremamente limpo e saboroso. O teor de THC pode variar entre 2% e 50%, dependendo inteiramente da quantidade de THC nas plantas utilizadas.

extracto canabis Ice

Malhas (Dry Sieve)

Um refinamento do Kief é a utilização de diferentes malhas, cada uma das quais com um tamanho diferente, que se expressa em micron. Isto implica a utilização de uma série de malhas micro-perfuradas de modo a que cada malha permita a passagem de um tamanho diferente, para que apenas as cabeças dos tricomas permaneçam na última malha (a que permite a passagem apenas da mais alta qualidade). Graças em grande parte à simplicidade do processo, as malhas de extracção são uma das formas mais fáceis de obter extrações de canábis de alta qualidade. Afinal de contas, tudo o que é necessário para produzir um extracto com este sistema são as malhas, um bom material de partida, e um pouco de tempo.

O nível de qualidade que pode ser obtido, como em todas as outras extracções, depende em grande medida da qualidade das flores. Este processo, com o nível de qualidade mais alto, só produz as maiores e mais perfeitas cabeças de glândulas tricomas e nenhum dos detritos das glândulas, matéria vegetal, etc., o que geralmente turva as extracções mais rápidas e de menor qualidade. No entanto, devido ao facto de as malhas não serem perfeitas e se deteriorarem um pouco com o tempo, existe a possibilidade de alguns tricomas maiores ou material vegetal poderem passar, embora sempre em pequenas quantidades.

O resto das malhas, com micronagem superior, utilizadas na extracção com malhas, produzirão material com qualidade inferior, correspondendo sucessivamente ao tamanho dos buracos de cada malha, quanto maior for o buraco, menor será a qualidade, pois incluirá mais “coisas”.

extracto canabis haxixe

Haxixe (bolota)

O haxixe feito a partir da planta da canábis existe há séculos, e há muitas maneiras de se fazer haxixe. Aquela resina a que estamos tão habituados e que hoje em dia é tão amplamente consumida, já era muito comum na Arábia ou na Pérsia no século V. Embora nessa altura fosse administrado por via oral ou como incenso.

No entanto, o haxixe só se generalizou muito mais tarde, no século XIII. Foi então que penetrou na Ásia e os Mongóis ajudaram-na a tornar-se conhecida e consumida em grande escala à medida que os exércitos de Genghis Khan conquistavam territórios (Europa Ocidental, Mesopotâmia, Índia…).

Durante os séculos XVII e XVIII, outros conquistadores – neste caso europeus vindos das Índias – adoptaram o costume de fumar folhas de tabaco e enriqueceram-nas com resina de marijuana. Esta combinação e o efeito que obtinham levou a uma procura crescente do haxixe.

Ao mesmo tempo, o haxixe começou a ser peneirado de uma forma mais eficiente. No início, os charas asiáticos foram produzidos esfregando as flores com as mãos para recuperar a resina que estava impregnada.

Mais tarde, a canábis começou a ser peneirada utilizando materiais têxteis, tecidos muito finos que permitiram a passagem das glândulas de resina seca.

Embora a separação através de peneiras ainda seja utilizada, existem cada vez mais técnicas disponíveis: desde peneiras mecânicas que automatizam e simplificam o processo, até às que utilizam água para separar os tricomas.

A extracção com gelo e água é um dos processos mais comuns utilizados hoje em dia para criar haxixe de qualidade. O principal objectivo e a ideia fundamental por detrás do processo de extracção com água e gelo é separar as cabeças dos tricomas, que contêm os canabinóides da planta, dos caules e da matéria vegetal, que têm pouco valor medicinal.

A qualidade do haxixe resultante, para além da qualidade da colheita como em todas as extracções, é muitas vezes determinada pela perícia na execução do processo, uma vez que é um pouco mais complexo do que os anteriores. A parte mais importante do processo da extracção com água e gelo é a secagem do produto obtido. Se não secar correctamente, o haxixe pode desenvolver fungos e outras formas de vida microbiológica que podem ser prejudiciais para o consumidor. Estão disponíveis máquinas de lavar para facilitar o processo de extracção de resina de marijuana.

O haxixe continua a ser um produto básico da cultura da canábis em todo o mundo devido ao seu processo de extracção limpo e natural. O haxixe adquirido de fontes que utilizam outros produtos, além da marijuana, para a extracção é outro assunto, geralmente este é um subproduto da canábis, para o qual se utilizam apenas as partes de menor qualidade das flores, muita matéria vegetal e substâncias nocivas como a borracha, goma-arábica e outras coisas piores.

Extração de resina com Butano (BHO)

A extracção de resina de canábis com butano, vulgarmente conhecida como BHO, é um tipo simples mas arriscado de concentrado de canábis feito utilizando o gás butano como solvente. Ao utilizar um produto que é inflamável e pode explodir é aconselhável ter experiência antes de o fazer.

Há várias opiniões diferentes sobre a consistência final do BHO (especialmente a temperatura), as pessoas usam nomes diferentes quando se referem a cada uma das diferentes consistências. Alguns, por exemplo o Shatter, refere-se ao BHO com a consistência do vidro que frequentemente se fracturas ou estilhaça quando é manuseado. Enquanto Budder ou Honeycomb são utilizados para descrever outras texturas diferentes, tais como uma textura tipo mel fresco, embora todos se enquadrem na categoria de BHO.

Ao utilizar esta forma de extracção, o teor de THC pode atingir 80-90%. Isto faz do BHO uma escolha perfeita para muitos pacientes que necessitam canábis medicinal, pois necessitam do material mais puro possível. Para usos medicinais é melhor que o óleo tenha sido testado em laboratório para verificar a sua pureza, uma vez que o BHO pode ser extraído de forma inadequada, pode conter vestígios de butano, pesticidas ou outros ingredientes que podem ser prejudiciais à saúde.

Extração com CO2 (CO2 Oil)

O dióxido de carbono (CO2) é um fluido supercrítico, o que significa que se transforma em líquido quando sofre pressurização. Ao mesmo tempo, o CO2 é um produto químico puro que aparece de forma natural e não deixa resíduos. De facto, a extracção da resina da canábis com CO2 nas indústrias alimentares já é um método padrão de extracção.

O processo de extracção de resina de canábis utilizando CO2 permite a extracção de compostos com baixa toxicidade. Para isto é utilizado um recipiente de alta pressão com canábis dentro. O CO2 é inserido no recipiente sob pressão e bombeado através de um filtro onde, uma vez libertada a pressão, os canabinóides são separados da matéria vegetal. O CO2 evapora-se então e os canabinóides dissolvem-se. Esta forma de extracção de resina de canábis fornece uma quantidade igual ou superior de canabinóides do que o BHO. A aparência é semelhante à do BHO.

extracto canabis oleo rick simpson

Óleo Rick Simpson (RSO)

Também conhecido como Phoenix Tears, o óleo Rick Simpson (RSO) baseia-se no princípio de que o óleo da canábis, quando obtido de toda a planta, pode ser administrado oralmente ou aplicado directamente sobre a pele. A aplicação sublingual é, de facto, o método preferido de tratamento com canábis para muitos doentes com cancro. Não só é uma forma conveniente de tomar a canábis como medicamento, mas a administração de canabinóides através das membranas da mucosa oral na boca proporciona uma absorção rápida e eficaz directamente na circulação sistémica do corpo humano, devido ao aumento da biodisponibilidade dos canabinóides.

As tinturas e óleos de canábis já eram um remédio medicinal utilizado pelos médicos no século XVIII. Um dos primeiros casos documentados conhecidos remontam a 1839. O Dr. William O’Shaughnessy, que estava a servir no exército indiano, recorreu à tintura de canábis para tratar com sucesso uma criança que sofria de ataques epilépticos. O próprio O’Shaughnessy escreveu mais tarde um artigo sobre a sua descoberta do “cânhamo indiano” numa prestigiada revista médica da época.

A tintura é um método que consiste em dissolver a caábis em algum tipo de gordura, óleo ou solvente. A natureza lipossolúvel da resina desta planta significa que a sua essência está concentrada num líquido, graças ao qual pode ser facilmente consumida por via oral ou mesmo espalhada sobre um cigarro.

Há várias formas de obter uma tintura de canábis envolvendo diferentes tipos de álcool. Algumas envolvem maceração da canábis em álcool etílico (importante: nunca álcool medicinal) ou directamente em licor durante duas semanas. A matéria orgânica é, então, filtrada e o álcool deverá ser evaporado. O resultado é um líquido denso e potente (dependendo da estirpe escolhida, é claro).

No caso do óleo Rick Simpson é obtido de toda a planta, pelo que não é o mesmo que “óleo de sementes de cânhamo”. O óleo da semente de cânhamo é um óleo prensado a frio a partir das sementes da planta do cânhamo. É rico em óleos gordos essenciais e é utilizado principalmente pelos seus benefícios nutricionais e pode ser facilmente adquirido em lojas de alimentos saudáveis, sem restrições legais. Por outro lado, o verdadeiro óleo vegetal inteiro derivado da planta da canábis é feito a partir das cabeças ou flores da planta fêmea da canábis e é composto por muitos canabinóides diferentes, incluindo THC, CBD, CBN e mais – mais terpenos e outros compostos.

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Rosin

A técnica de extracção de resina de canábis Rosin tem vindo a ganhar muita popularidade na comunidade médica da canábis, e por bons motivos. O Rosin é uma forma sólida de resina obtida pela adição de pressão e calor para vaporizar os terpenos líquidos voláteis. Isto é normalmente feito utilizando uma prensa de calor industrial, embora algumas pessoas até usem um ferro de passar a roupa ou um alisador de cabelo para fazer pequenas quantidades.

A técnica de Rosin está a tornar-se muito popular porque é rápida, simples e acessível, permitindo a qualquer pessoa extrair resina de canábis sem solventes ou mão-de-obra numa questão de segundos. Para começar a fazer Rosin e obter um produto final de qualidade incrível, tudo o que precisa é de algumas cabeças de canábis com qualidade e uma prensa especial ou um alisador de cabelo. Existem centenas de vídeos sobre a extração de Rosin que têm inundado o YouTube e o Instagram desde há alguns anos, e muitos bloggers juntaram-se à moda da extracção de resina de canábis utilizando este método simples.

Basicamente, basta colocar a canábis entre o papel vegetal e apertar com a prensa. Quando se comece a aplicar o calor verás como sai uma resina borbulhante, que é o produto final.

Experimentaste algum tipo de extração? Deixa-nos a tua opinião e continua a ler sobre Descarboxilar a Canábis: Guia Completa Passo a Passo e conhece uma planta ideal para esta tipo de subprodutos, a Californian Snow: a autoflorescente mais resinosa.

Fotos retiradas de Wikipedia e Symic.

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